quinta-feira, 31 de agosto de 2017

REFLEXÃO




“Prefiro pensar na vida como um tanque de gasolina. Na largada alguns têm combustível para viver 100 anos, outros têm 50 e outros menos ainda. O que interessa é você viver bem com tudo que o seu tanque te permite.” 

[Folha de São Paulo, 26/12/2016]
Michele Lebani



Nunca deixe de fazer algo de bom que o seu coração pede… 
O tempo pode passar e a oportunidade também… Não esqueça que:

Meta, a gente busca. 

Caminho, a gente acha. 

Desafio, a gente topa. 

Vida, a gente enfrenta. 

Saudade, a gente mata. 

Sonho, a gente realiza…

(Clarice Lispector) 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O direito de reclamar


Quem já frequentou repartições públicas sabe que é comum encontrar visivelmente afixada a redação do artigo 331 do Código Penal, que prevê o crime de desacato, punível com pena de detenção de seis meses a dois anos.
Sem saber exatamente o que significa "desacatar servidor público", o usuário do serviço fica com a impressão de que sobre si baixará tal punição caso exerça o seu direito de reclamar do modo pelo qual esteja sendo atendido.
Isso também é verdadeiro para quem é parado pela polícia e queira reclamar da forma de condução da abordagem, do tempo gasto para a checagem de documentos ou mesmo da posição que deve obedecer até que seja liberado.
Essa realidade começou a mudar. Conforme recentemente decidido pelo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar um recurso da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o desacato não é compatível com os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988 e com os tratados internacionais de direitos humanos que o Brasil ratificou, o que afasta a punição de alguém por tal ato.
A existência de um crime de desacato a funcionários públicos cria ruído na comunicação entre o cidadão e aquele que o representa, ou que presta a ele serviços relevantes.
Pior que isso, estimula o silêncio e não combina com o regime democrático. Esta última afirmação escapa à teoria e invade a realidade porque, como bem lembrado na decisão do STJ, em um primeiro momento cabe à própria autoridade, pretensamente desacatada, definir o limite entre a crítica responsável e respeitosa e a que supostamente ofenderia a dignidade da função pública.
A esse respeito, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos já reconheceu que os funcionários públicos estão sujeitos a um maior controle por parte da sociedade e leis que punam o cidadão insatisfeito atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação.
Ademais, se todos são iguais perante a lei, nada justifica que os servidores públicos possuam, apenas eles, um instrumento legal capaz de intimidar o cidadão comum e tolher o exercício da liberdade de expressão do pensamento.
No Estado democrático, os cidadãos possuem o legítimo direito de fiscalizar a conduta dos servidores públicos e de reclamar quando não são tratados adequadamente. Afinal, se o poder emana do povo, o seu exercício não pode gerar eventuais comportamentos autoritários sob o manto da lei.
Mas isso, é bom ressaltar, não dá ao cidadão o direito de fazer o que bem entender, pois continuam em vigor os crimes de calúnia, injúria e difamação que punem o ataque à honra das pessoas, para não falar de condutas mais graves. A diferença é que tais crimes valem para todos, não só para quem desempenha funções públicas.
É verdade que por vezes os servidores públicos são submetidos a condições indignas de trabalho ou a situações de estresse sem o devido preparo ou apoio.
Isso, porém, não justifica que os usuários do serviço público possam ser desrespeitados. O fim do crime de desacato permitirá que das reclamações e exigências surjam mudanças e soluções capazes de melhorar a vida de todos.

Matéria opinativa de: 

CARLOS WEIS é defensor público, mestre em direito do Estado pela USP e coordenador do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo
LUÍS CÉSAR ROSSI FRANCISCO é é defensor público do Estado de São Paulo


Folha de São Paulo / 1 de março de 2017 


terça-feira, 29 de agosto de 2017

DANOS E SALÁRIOS



A nova lei trabalhista, que trata de danos morais no trabalho, dará uma previsibilidade maior, segundo advogados de empresas.
A lei determina que o juiz considere fatores como a duração do dano moral e seus reflexos na vida do trabalhador.
“Na defesa, posso agora argumentar que a pessoa vai se recuperar e questionar por que o juiz considera a ofensa intensa ou não”, diz Caroline Marchi, do Machado Meyer.
Hoje, a fixação de valores é “uma loteria”, diz o advogado Cláudio de Castro, do escritório Martinelli.
“A reforma cria um padrão para que as sentenças do Rio Grande do Sul sejam próximas à do Rio.”
O dano moral será classificado de leve a gravíssimo, e a sentença, arbitrada de acordo com o salário.
A lei recebe elogios de Guilherme Guimarães, presidente da Anamatra (associação de juízes), mas há parágrafos que “padecem de vícios e passagens inconstitucionais”.
O magistrado classificará o dano moral de leve a gravíssimo. A pena irá de 3 a 50 salários do trabalhador.
“A indenização compensa uma dor, e ao usar o salário como base, a lei não trata as pessoas [que sofreram o mesmo dano, mas têm remunerações diferentes] de forma isonômica”, afirma Guimarães.

Fonte: Folha de São Paulo - Seção Mercado em 18/08/2017 


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PROGRAME MENTALMENTE SEU DIA


Como as palavras podem atingir a mente e produzir uma ação? Como eu posso programar o meu dia para que eu consiga executá-lo da maneira que imaginei?
Todo mundo sabe que o planejamento é essencial para que as coisas realmente aconteçam. A questão é que a maioria das pessoas só costuma planejar a execução de metas importantes e não pensa na execução das pequenas tarefas.
O problema é que, ao se planejar apenas para grandes objetivos, a gente se esquece de que o cotidiano é feito de pequenas tarefas que surgem a todo momento.
E são justamente esses afazeres do dia a dia que roubam o tempo que deveríamos gastar com os planos que realmente fazem diferença. Quando a gente percebe, o dia passou e não fizemos nada daquilo que julgamos importante.
Então que tal planejar detalhe por detalhe? Como podemos programar a nossa rotina, organizando e priorizando tarefas, deixando espaço para imprevistos que sempre surgem e conseguindo concretizar os planos importantes?
A programação neurolinguística é uma técnica que tem sido cada vez mais usada no mundo dos negócios. De forma simplificada, ela consiste em imaginar e verbalizar aquilo que se pretende alcançar.
Ao transformar algo abstrato (como as horas) em imagens e palavras organizadas em uma sequência lógica, você programa seu cérebro para aquela situação. Assim, corpo e mente se preparam para realizar aquilo que está por vir.
Quando você planeja previamente o seu dia, imagina as situações e verbaliza cada uma das suas ações, você se condiciona a executá-las. É como se estudasse para uma prova: na hora que as questões aparecessem, você já saberá a resposta.
Programar mentalmente a rotina, prever contratempos e organizar o tempo são ações que podem facilitar a sua vida, fazendo com que você seja mais produtivo e ajudando a alcançar todos os seus objetivos –de curto, médio e longo prazos. A vida nada mais é do que um dia após o outro. Temos que aproveitar ao máximo cada um deles. 

Fonte: Folha de São Paulo - Coluna de Américo José*  - 

* É consultor de empresas e palestrante há mais de 20 anos. 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

25 de Agosto – Dia do Soldado


No Brasil, aos 25 dias do mês de agosto, comemora-se o Dia do Soldado. Essa comemoração faz referência à data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque deCaxias, nascido em 1803. O renomado oficial foi considerado o patrono do Exército Brasileiro e, pela honra desse título, o Dia do Soldado constitui-se como uma homenagem ao seu nascimento.
Luís Alves nasceu em uma fazenda da então Capitania do Rio de Janeiro. Era herdeiro de uma família da aristocracia militar portuguesa. Seu pai serviu ao exército português no Brasil, que, à época do nascimento do futuro duque, em 1803, estava na iminência de um choque contra as forças napoleônicas na Europa, o que resultaria na mudança da família real portuguesa para o Brasil. A vinda da família real para o Brasil, a elevação do país à categoria de Reino Unido e a futura independência, em 1822, transformaram a vida de Luís Alves.
Quando o Brasil tornou-se independente e adotou o modelo imperial de governo, sob a liderança de D. Pedro I, as forças militares também começaram a passar por uma transformação e associaram-se à figura do imperador brasileiro e às novas instituições criadas sob a égide da Constituição Imperial de 1824. Anos mais tarde, sobretudo no Período Regencial, quando, a partir do ano de 1838, começaram a estourar várias revoltas de teor separatista no Brasil, o Duque de Caxias já era um oficial respeitado e conseguiu uma enorme projeção por comandar exitosamente a dissipação de várias dessas revoltas.
Nesse período, especificamente no ano de 1841, Caxias recebeu seu primeiro título nobiliárquico, o de Barão de Caxias, que faz referência à cidade maranhense de Caxias, onde o exército imperial conseguiu uma de suas mais célebres vitórias. Ao longo do Segundo Reinado, Caxias teve a sua posição de nobre elevada para conde, marquês e, por fim, duque.
Além disso, Caxias foi senador do Império pelo Rio Grande do Sul, província para a qual também foi nomeado por Dom Pedro II comandante-em-chefe do Exército em operações. Nas fronteiras do Sul do país, a partir de 1852, Caxias esteve à frente das represálias contra as investidas de Argentina e Uruguai ao Brasil. Ao lado de outros comandantes célebres, como o general Osório, o Duque conseguiu grandes vitórias sobre as tropas do ditador paraguaio Solano Lopez entre os anos de 1866 e 1868, naquela que foi a maior guerra já vista na América do Sul, a Guerra doParaguai.
Caxias faleceu em 1878 e até hoje sua memória é lembrada não apenas no Dia do Soldado, mas também em vários rituais e cerimônias do Exército Brasileiro, com o uso de uma réplica do seu espadim pelos oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

RIA VOCÊ TAMBÉM




Advogado gentil

Certa tarde, um bem sucedido advogado estava sendo conduzido em sua limousine para seu sitio, quando observou dois homens maltrapilhos comendo grama ao lado da estrada. Ele ordenou imediatamente ao motorista que parasse, saiu do veículo e perguntou: - Por que vocês estão comendo grama? - Porque nós não temos dinheiro para comprar comida, respondeu um dos homens. - Bem, você pode vir comigo para o sítio disse o advogado. - Senhor, eu tenho uma esposa e três filhos aqui. - Traga-os também replicou o advogado. - E quanto ao meu amigo?! O advogado virou-se para o outro homem e disse: - Você pode vir conosco também. - Mas, senhor eu também tenho esposa e seis filhos, disse o segundo homem. - Eles podem nos acompanhar também, disse o advogado enquanto se dirigia de volta à limusine. Todos se acomodaram como puderam na limousine, e quando já estavam a caminho, um dos acompanhantes disse: - O senhor é muito gentil. Obrigado por levar-nos a todos com o senhor. O advogado respondeu: - De nada !!! Vocês irão adorar meu sitio. A grama esta com quase um palmo de altura !!!!!

Casal no Tribunal

No Tribunal, o Juiz entrevista o casal que quer se divorciar. - Por que é que o senhor quer o divórcio? - Sua Excelência, a minha mulher é preguiçosa e péssima dona de casa. E além do mais, estou farto de chegar em casa e ver a nossa cama cheia de parasitas. - Isso não me parece ser motivo suficiente para o divórcio! - exclama o Juiz e virando-se para a mulher: - E a senhora? O que tem a senhora a dizer? - Sr. Juiz, o meu marido é um ordinário! O senhor não ouviu como ele chamou os meus amigos?

Foco no trabalho

A mulher entra no bar nua e  pede uma cerveja.
O dono do bar a olha dos pés à cabeça, depois vai ao freezer e pega uma cerveja geladíssima.
Ela toma rapidamente e pede outra.

O dono do bar olha para a mulher, olha, olha, olha, fica olhando, olha e olha de novo, até que a mulher diz:
- " O senhor nunca viu uma mulher pelada, não?!"

E o dono do bar tranquilo responde:
- Ver eu já vi, só estou querendo saber de onde você vai tirar dinheiro pra pagar as cervejas!

Mantenha o foco,sempre!

O Novo Emprego

O sujeito foi para guerra e tomou um tiro entre as pernas. 

Voltou, tentou arranjar emprego e foi uma dificuldade, todo mundo preconceituoso, uma coisa triste...

Um dia, porém, um amigo influente, arrumou um emprego numa repartição pública e o chefe falou pra ele: 

- Aqui a gente trabalha das nove as seis, mas você pode sair as 4. 

E o cara: 

- De jeito nenhum, faço questão de trabalhar até as seis. Não quero privilégios. Quero ser tratado como uma pessoa normal. 

- Você não precisa rapaz - disse o chefe - das 4 as 6 fica todo mundo coçando o saco.


Pão de Ontem

O menininho chegou na padaria e perguntou para o padeiro:
— Moço, tem pão de ontem?
— Tem sim!
— Bem feito, quem mandou fazer muito!

Recrutas

E você para onde quer ir? Exército, Marinha ou Aeronautica?
- Marinha
- Você sabe nadar?
- Por quê? Não temos mais navios?

Vingança

"Um homem entra num restaurante e vê uma mulher muito bonita sozinha numa mesa.
Ele se aproxima e pergunta: 
- Estou vendo você sozinha nessa mesa. Posso sentar-me e fazer-lhe companhia? 
Escandalizada, a mulher responde berrando: 
- Seu mal educado! Transar comigo? Você acha que eu sou o quê? 
O restaurante todo ouviu. O rapaz, não sabendo onde por a cara, tenta consertar: 
- Eu só queria lhe fazer companhia, mais nada. 
E a mulher, berrando outra vez: 
- E você insiste? Atrevido!

O rapaz sai de fininho, e vai sentar-se no outro canto do restaurante, cabisbaixo. 
Depois de alguns minutos, a mulher se levanta e vai até a mesa dele e diz: 

- Me desculpe pela forma como eu o tratei. É que eu sou psicóloga e estou estudando as reações das pessoas em situações inusitadas. 
E o homem,levanta-se e aos berros grita:

- 1000 reais???  Você está louca???!!!
Nenhuma vagabunda vale isso!!!

Fonte: Jornal Correio do Papagaio 




quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Testamento revela sua vontade


Você deseja deixar bens para filhos e netos? É importante pensar no planejamento sucessório em vida para evitar confusão entre os herdeiros no futuro.
E não pense que isso é coisa de gente rica, conflitos acontecem em famílias de todas as classes sociais e podem ser evitados.

Quando uma pessoa morre, seu patrimônio é transmitido aos familiares, de acordo com o Código Civil. E se a vontade for outra?
Pode o cônjuge ou um dos filhos receber uma porção maior? É possível destinar parte do patrimônio diretamente aos netos, amigos ou a uma instituição filantrópica?

Quem tem herdeiros necessários (filhos, netos, pais, avós, marido ou mulher) deve reservar a eles a legítima porção (metade dos bens) prevista em lei, mas poderá dispor, mediante testamento, da parte disponível dos bens (a outra metade). Se não houver herdeiros necessários, poderemos definir a destinação de 100% dos bens.

Para tornar pública a nossa vontade, devemos fazer um testamento, documento em que se estabelece a partilha do patrimônio após a a morte e que pode conter também assuntos não patrimoniais, como o reconhecimento de paternidade.
Há três tipos de testamento: público, cerrado e particular.

O testamento público, feito perante testemunhas no Tabelionato de Notas, é o mais seguro. Seu conteúdo fica registrado no RCTO (Registro Central de Testamentos On-Line), consultado pelos juízes e cartórios na abertura do inventário.

O testamento cerrado deve ser levado ao Tabelionato de Notas, perante testemunhas. Ninguém tem acesso ao conteúdo do testamento, o Tabelião apenas registra sua existência no RCTO.

O testamento é lacrado, deve ser bem guardado ou entregue a uma pessoa de confiança do testador. Na abertura do inventário o testamento deve ser levado, lacrado, ao juiz.

Caso o lacre do testamento seja violado, poderá ser considerado inválido. Se extraviado ou omitido, não poderá ser cumprido.
O testamento particular, menos formal e menos seguro, não fica registrada no RCTO.

Deve ser feito na presença de testemunhas e não precisa ser registrado em cartório.

O testamento pode ser revogado pelo testador, em todo ou em parte. Mas não é permitido revogar o reconhecimento de paternidade.

A existência de testamento determina que o inventário seja feito por via judicial, normalmente mais demorado e mais caro do que a via extrajudicial (Cartório de Notas).

Para que o testamento seja válido, é importante não contrariar a legislação ou estabelecer condições que possam ser questionadas.

É recomendável a orientação de um advogado para elaborar o testamento visando evitar conflitos entre os herdeiros e assegurar o cumprimento da vontade do testador.

Ao contrário do inventário, em que é obrigatório o acompanhamento por advogado, não é necessário ter acompanhamento de advogado para fazer um testamento, apesar de ser recomendável, principalmente se houver conteúdo patrimonial.

Fonte: Coluna Marcia Dessen* - Jornal FOLHA DE SÃO PAULO 

*É planejadora financeira pessoal, diretora do Planejar e autora do livro 'Finanças Pessoais: o que Fazer com Meu Dinheiro'. 


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

RIA VOCÊ TAMBÉM



ASSASSINO

Um tipo chega a casa e encontra um amigo com sua esposa na sua própria cama. Pega o revólver e mata-o imediatamente. A esposa irritada comenta:
- Olha cá Joaquim, se continuares a comportar-te assim, vais acabar sem nenhum amigo..

PORTUGUÊS COM O MOUSE

Como saber se tem computador na padaria?
R: Vê se o português tá com o mouse atrás da orelha.

RELÓGIO BONITO

Bonito seu relógio! Quanto voce pagou?
não paguei nada,ganhei numa corrida.Havia muita gente na competição? Não só mais três competidores dois policias e o dono

DIARRÉIA

Como se fala "diarréia" em japonês?

R: Kagasoagua.

DOIDO ATENDENDO O TELEFONE 

Depois do doutor do hospício saiu da sua sala, o louco entra. Aí toca o telefone:
-Alô?
- Alô, aí é do hospício?
- Não aqui nem tem telefone!

E desliga na cara.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

DIA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS

Hoje celebramos a Padroeira de Caxambu, Nossa Senhora dos Remédios



Origem da devoção

A devoção a Nossa Senhora dos Remédios (ou do Bom Remédio), teve início com São João de Matha, que fundou a Ordem da Santíssima Trindade e veio a falecer em Roma no dia 17 de dezembro de 1213. Com o intuito de resgatar os cristãos que foram feitos de escravos na África e no Oriente Médio, São João da Mata e São Felix de Valois fundaram em 1198 a Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade. Para isso, precisavam de muito dinheiro. Então, eles buscaram o auxílio de Nossa Senhora, o remédio para todos os problemas que enfrentamos. Com o auxílio da Virgem Maria, conseguiram muito dinheiro e libertaram milhares de cristãos da escravidão.

O significado do título

Para a língua medieval, os substantivos “remédium” e “redémptio” e os verbos “remediare” e “redímere”, possuíam significados parecidos: resgatar, redimir, remédio, libertação e salvação. Este é o motivo pelo qual, em diversas escrituras dos séculos XVI-XVII, Nossa Senhora era intitulada como Nossa Senhora do Remédio, da Libertação e do Resgate.

A história da imagem

A mais antiga imagem ainda existente de Nossa Senhora dos Remédios é uma representação românica, que era originalmente de posse da primeira casa dos trinitários em Marselha. Nela Maria aparece sentada, segurando o Menino Jesus em seu braço esquerdo e uma bolsa de dinheiro no braço direito. De acordo com muitos biógrafos, a bolsa faz referência ao milagre a São João de Matha. O santo estava sendo pressionado pelos muçulmanos, que estavam exigindo o dobro do preço pelos escravos resgatados por São João, ameaçando prender novamente os escravos libertos. Porém, com as súplicas a Nossa Senhora dos Remédios, São João de Matha conseguiu pagar os muçulmanos.

Origem da invocação

De acordo com o livro “Invocações da Virgem Maria no Brasil” de Nilza Botelho Megale (3ª Edição - Ed. Vozes), a invocação a Nossa Senhora dos Remédios foi muito conhecida principalmente em Lamego e Santarém, que eram cidades da velha Lusitânia. Foi apresentada em Portugal por religiosos da Ordem da Santíssima Trindade francesa no começo do século XIII.

A devoção a Nossa Senhora dos Remédios no Brasil

Os frades Trinitários, juntamente com suas Confrarias e com seus devotos, trabalhavam duro para difundir suas devoções específicas. Desse modo trouxeram para o Brasil a devoção a Nossa Senhora dos Remédios, construindo inúmeras capelas em sua honra nos estados da Bahia, de Pernambuco, do Maranhão e em algumas cidades mineiras como em nossa Caxambu.

Oração a Nossa Senhora dos Remédios


“Ó Virgem Santa, filha predileta do Pai, Mãe de Jesus Cristo e Templo vivo do Espírito Santo.
Nós vos invocamos como nossa Mãe e Saúde dos doentes. Ó Senhora dos Remédios, assisti-nos em nossas enfermidades corporais e espirituais. Abençoai as nossas famílias. Dai-nos força para que sejamos bons cristãos, seguindo o exemplo de Jesus. Queremos viver sempre como vossos filhos. Nossa Senhora dos Remédios, rogai por nós.”

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

STF equipara os direitos de herança em união estável e casamento civil


O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (10) que casais com união estável têm os mesmos direitos sucessórios que os unidos por cmento civil. A regra será aplicada a todos, homossexuais e heterossexuais.
Por 6 votos a 2, os magistrados definiram que quem tem união estável com outra pessoa que morreu terá direito à herança nos mesmos moldes de um casamento: vai receber metade dos bens adquiridos durante a união.
Com isso, os ministros declaram inconstitucional o artigo 1.790 do Código Civil, que determina que o companheiro receba 30% da herança.
No entendimento da corte, deve-se seguir para fins de partilha outro artigo: 50% para o cônjuge/herdeiro e 50% para a ascendente/herdeira.
A decisão tem repercussão geral, ou seja, valerá para todas as instâncias do Judiciário.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram nesse sentido.
"As pessoas têm o direito de colocar seu afeto e sexualidade em condições iguais com as demais", disse Barroso.
Relator da ação, Marco Aurélio votou por diferenciar a sucessão. Ele foi seguido por Ricardo Lewandowski. (Fonte: Folha de São Paulo) asa
Leia mais sobre o tema no link do jornal FOLHA de São Paulo . Interessante artigo de Márcia Dessen



sexta-feira, 11 de agosto de 2017

DIA DO ADVOGADO




O advogado é um profissional que “presta assistência jurídica, defendendo os interesses de seus clientes diante da justiça, é a ação de pleitear em juízo”.
Os advogados ganharam dois dias em comemoração ao seu trabalho, o dia 11 de agosto, devido à criação do primeiro curso de direito do Brasil, por D. Pedro I, tendo sido implantada a Faculdade de Direito de São Paulo, inaugurada em primeiro de março de 1828.
No dia 11 de agosto ficou estabelecido como o “dia da pendura”, onde estudantes de direito e advogados já formados brincam pelos restaurantes das cidades, pendurando as contas do consumo que fizeram ali. As despesas ficam por conta dos donos dos restaurantes, uma vez que a brincadeira foi por eles instituída, ainda no início do século XX, para comemorar a criação das faculdades de direito.
Outra data em comemoração ao dia dos advogados é 19 de maio, o dia do padroeiro desses profissionais, Santo Ivo (1253/1303), que faleceu neste dia.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Desigualdade judiciária



A Justiça brasileira faz questão de mostrar que é desigual.

Já vivi o suficiente para aprender que a igualdade entre seres humanos só é atingida depois da morte, em qualquer parte do mundo. Nos países desenvolvidos, no entanto, existe preocupação do aparato judiciário em aplicar as leis com mais rigor e punir os que as infringem, de modo a transmitir a todos os cidadãos a sensação de que condições sociais privilegiadas não lhes garante a impunidade.

No Brasil, o emaranhado de leis, jurisprudências e recursos cabíveis à aplicação delas asseguram aos bons escritórios de advocacia, a possibilidade de manter criminosos longe das grades por muitos anos –ou para sempre.

Por despreparo técnico, não vou discutir as incoerências de nosso Código Penal antiquado. Nem pretendo falar do péssimo exemplo dado à população por servidores públicos ladrões, corrompidos por uma elite empresarial de marginais sem escrúpulos, que lhes dão gorjetas em troca de contratos bilionários, superfaturados. Vou me ater a um universo mais familiar: o das prisões.

No domingo passado, o "Fantástico" apresentou o caso de um traficante preso com 120 kg de maconha. As imagens iniciais mostravam os pacotes com a droga e uma centena de balas enormes, que imagino serem de fuzil.
Em seguida, aparecia a mãe do rapaz (por acaso, uma desembargadora) indo buscar o filho na porta da cadeia, com o alvará de soltura que havia sido expedido por um colega de trabalho.

A justificativa dada ao repórter pelo desembargador e pelo advogado de defesa foi a mesma: o réu seria transferido para uma clínica por ser portador de uma enfermidade denominada transtorno borderline, patologia de diagnóstico incerto, fonte de discussões e desacordos entre os psiquiatras.

No dia seguinte dei uma aula sobre saúde para cerca de 200 mulheres presas na Penitenciária Feminina da Capital, em Santana, na zona norte.
No final, quando me coloquei à disposição para as perguntas, uma senhora que aparentava 50 anos ficou em pé:
– Fui presa em flagrante na portaria de uma cadeia, em Guarulhos, levando para o meu marido 55 gramas de cocaína. Eu sofro de depressão crônica, me trato no Hospital das Clínicas, tomo remédio tarja preta e já tentei me matar duas vezes. E o filho dessa desembargadora? Cento e vinte quilos, fora as balas, doutor!
Em meu lugar, o que você responderia, leitor?

Já abordei nesta coluna o caso dessas mulheres que levam droga para o interior das cadeias. Algumas são traficantes profissionais, mas outras não o fazem por dinheiro; acondicionam cocaína e maconha em invólucros impermeáveis, introduzidos na vagina para atender a solicitações de maridos, namorados e familiares que as chantageiam com súplicas de ajuda, para não morrer nas mãos de assassinos impiedosos.

Eventualmente surpreendidas pelas encarregadas de revistá-las, são encaminhadas para lavrar o flagrante na delegacia mais próxima, de onde serão transferidas para a penitenciária à espera do julgamento.

Essas mulheres costumam ter vários filhos. Na penitenciária, já atendi uma avó aos 28 anos e uma mulher de 40 que tem dois bisnetos, "por enquanto", conforme assegura. Ao ir para a delegacia, a mãe deixa em casa três ou quatro crianças na agonia da espera, até que um parente ou vizinho apareça para levá-los.

Como é muito pequena a probabilidade de que uma pessoa possa cuidar de tantas crianças, uma vai para a casa de um vizinho, outra para a da avó, outra vai morar com a tia no interior. Na falta de acolhimento, ficarão sob a guarda do Conselho Tutelar.

Qual será o futuro dos filhos? O que a sociedade ganha com essas prisões? Que impacto tem na economia do tráfico a quantidade de droga que cabe numa vagina?

Você não pode imaginar, caro leitor, a revolta das mulheres na penitenciária, quando foi libertada a mulher do ex-governador do Rio de Janeiro, com a justificativa de ser mãe de um menino de 14 e outro de 12 anos carentes de cuidados maternos.

Como explicar que elas não têm direito à lei da qual se valeu essa senhora, cujo marido roubou muitos milhões a mais do que a somatória de todos os furtos e assaltos praticados pelas 2.200 prisioneiras da cadeia?

Artigo de Drauzio Varella - Folha de São Paulo 5 de agosto de 2017 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Fontes jorrantes

Raros e delicados, os gêiseres são atração em diferentes partes do mundo. Entenda, a seguir, como são formados e qual é a dinâmica de seu funcionamento



Fenômenos raros e existentes em apenas algumas regiões da Terra, os gêiseres costumam protagonizar belos espetáculos naturais, graças às suas fontes jorrantes que lançam misturas de água, vapor e gases a dezenas de metros de altura, atraindo turistas e aguçando a curiosidade de muita gente mundo afora.
Conceitualmente, um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção quase periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor acima da superfície terrestre. Sua formação requer condições geológicas e geotérmicas especiais. Estima-se que existam cerca de mil gêiseres em todo o mundo. Praticamente metade deles fica no Parque Nacional de Yellowstone, que se estende pelos estados de Wyoming, Montana e Idaho, nos Estados Unidos.
A Península de Kamchatka, na Rússia, tem quase 200 gêiseres, enquanto na América do Sul a região geotermal mais famosa é a de Atacama, no Chile, onde apenas o Vale de El Tatio abriga cerca de 80 nascentes termais. Já a ilha Norte da Nova Zelândia e a região de Hveravellir, na Islândia, têm cerca de 15 gêiseres cada uma.
Para a formação de um gêiser é preciso haver uma camada superior que permita o movimento de águas subterrâneas, ou seja, um aquífero conectado via fraturas quase verticais a um substrato de rochas quentes (aquecidas pelo magma). As águas que penetram pelo conjunto vertical de fraturas sofrem superaquecimento e há formação de vapor, que fica confinado nas suas partes inferiores.
A atividade ou erupção de um gêiser ocorre quando a pressão de vapor confinado torna-se maior que a pressão da coluna d’água nas partes superiores das fraturas e, consequentemente, leva à expulsão de águas misturadas com vapor. Logo após essa expulsão, a pressão nas fraturas diminui, permitindo a entrada de águas frias e o novo confinamento de vapor proveniente dos substratos. O processo, então, se repete.

Pontualidade impressionante


Obviamente, o período de erupção de um gêiser depende principalmente de dois fatores: da altura da coluna de água nas fraturas e da taxa de aquecimento no seu interior. Em alguns casos, isso acontece com grau de pontualidade impressionante. O famoso Old Faithful, no Parque Yellowstone, por exemplo, lança jatos com 30 a 50 mil litros de água, que ultrapassam 50 metros de altura. As erupções ocorrem em intervalos que variam de 33 minutos a uma hora e meia e duram, em média, de dois a cinco minutos.
Na região de Rotorua, na Nova Zelândia, uma das principais atrações é o gêiser Pohutu. Ele entra em atividade cerca de 20 vezes por dia e lança colunas d´água a até 30 metros de altura. Suas erupções podem durar alguns minutos ou persistir por dias. A maior registrada até hoje durou mais de 250 dias, entre 2000 e 2001.
De forma geral, os gêiseres geotermais ocorrem em áreas de atividades vulcânicas. Contudo, segundo especialistas, é importante notar que a sua atividade também pode ser desencadeada pelos escapes de gases naturais, como o dióxido de carbono ou o metano.

Caxambu é atração

O Brasil se encontra numa região geológica praticamente isenta de atividades vulcânicas recentes. Contudo, em Minas Gerais, estado conhecido como “caixa d’água do Brasil”, há um gêiser. Batizado de Fonte Floriano de Lemos, está localizado no Parque das Águas de Caxambu, no Sul de Minas, região famosa por seu “Circuito das Águas”, onde ocorre um número significativo de fontes termais e minerais em cidades como São Lourenço, Cambuquira e Lambari.
gêiser de Caxambu, que figura entre os principais atrativos turísticos da região, jorra água mineral sulfurosa em intervalos variáveis, junto com gás natural, ambos provenientes do interior da Terra. Por esse motivo, é considerado como pertencente a uma classe especial de gêiseres.
A pressão do gás é alta e o gêiser se manifesta pelo menos três vezes ao dia, formando uma coluna de água com temperatura média de 27ºC e alcance de até oito metros de altura. As águas desse gêiser são distribuídas através de uma construção cônica, que faz lembrar um grande cogumelo. Seus banhos medicinais são indicados para tratar infecções na pele, reumatismo e artrite.
Há, ainda, outras manifestações geotermais em Caldas Novas (GO), em Caldas de Jorro (SC), em Jaú (TO) e em General Carneiro (MT). Nesses locais, ocorrem aborbulhamentos de águas termais misturadas com emanações de gases. Nos leitos dessas fontes termais, é fácil observar manifestações semelhantes a minigêiseres.
A palavra gêiser tem origem islandesa e significa “fonte jorrante”. Segundo registros, no Oeste da Islândia ela teria sido usada pela primeira vez, com o sentido atual, em 1294 para descrever um estranho buraco que ‘cuspia’ fortes jatos de água quente e vapor de dentro da Terra. Desde então, o uso desse termo tornou-se universal.
Recentemente, a agência espacial norte-americana (Nasa) encontrou evidências da presença de atividades semelhantes à de gêiseres em Europa, uma das 67 luas do planeta Júpiter. As imagens, que indicam gêiseres ejetando vapor de água, foram captadas pelo telescópio espacial Hubble. Com essa descoberta, tornou-se possível monitorar as atividades termais de satélites que atravessam várias camadas de gelo. Segundo alguns pesquisadores planetólogos, a Europa poderia ser considerada lugar com maior probabilidade de abrigar vida sustentada por gêiseres em nosso Sistema Solar.

Como funcionam

As camadas de subsolo em regiões vulcânicas têm o primeiro ingrediente necessário para a ocorrência de um gêiser: camadas de magma incandescente. Situadas a poucos quilômetros da superfície, essas camadas funcionam como uma chama de fogão, aquecendo a água da chuva ou de neve derretida que penetra no subsolo.
Em reservatórios nas rochas semipermeáveis, o líquido atinge temperaturas superiores a 200ºC. À medida que esquenta, este ganha pressão, aumenta de volume e empurra a coluna d’água para cima. É o mesmo processo que ocorre nas estâncias termais, mas com uma diferença importante: nos gêiseres, as rachaduras que levam a água à superfície são muito mais largas.
Assim, quando a pressão é forte o suficiente para expulsar a mistura de líquido e vapor dos reservatórios, o jato d´água sai de uma vez só, na forma de uma erupção. Horas depois de se esvaziarem com esses jatos escaldantes, os depósitos subterrâneos voltam a se encher de água fria e o show se repete.
Além de raros, os gêiseres também são frágeis. Fenômenos geológicos corriqueiros, como tremores de baixa intensidade, podem pôr fim aos jorros d’água. Foi o que ocorreu com a lendária fonte de Waimangu, na Nova Zelândia. Nascido de uma erupção vulcânica em 1888, esse gêiser chegou a disparar jorros de 480 metros – altura superior à das Torres Petronas, na Malásia, que são os prédios mais altos do mundo, com 452 metros. No entanto, em 1904, um deslizamento de terra alterou o fluxo da água subterrânea e acabou com o espetáculo.
Os intervalos entre as erupções dependem de uma série de variáveis, tais como: fluxo de calor, quantidade e velocidade das correntes de água subterrâneas, bem como a natureza do conduíte principal do gêiser e as conexões (semelhantes a encanamentos) existentes debaixo da terra.

Reportagem de: Luciana Morais

Fonte: http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=108&secao=1897&mat=2188

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