quarta-feira, 30 de outubro de 2013
MOROSIDADE DA JUSTIÇA – ANGUSTIA DE NOSSA ERA
O
cidadão comum não integrado as
lides jurídicas tem motivo
para dúvida quando vai definir o
que seja a justiça humana e o que espera dela. O profissional do direito
esbarra com razões ainda mais severas na análise do problema e dos caminhos
para seu aperfeiçoamento.
A Justiça Oficial de mulheres, homens
e governos é do
interesse de cada
brasileiro, em cada momento de sua existência, mas gera insegurança quando se
chega à pergunta inafastável : afinal há efetivamente uma justiça humana?
As decisões judiciais devem ser
proferidas em tempo breve. O Juiz e o administrador estão obrigados pela
Constituição a preservar a
duração razoável do
processo. Razoável não se
ajusta aos enormes prazos de muitos feitos judiciais. Se a maquina pública impedir o ajustamento, os Juizes hão de se revoltar contra ela.
Nestes tempos de transformação dos
costumes, cresce a preocupação com o papel do Judiciário e com a aplicação eficiente do direito
penal.
Transportada a questão do nível humano
a dignidade dos procedimentos das nações desde as mais poderosas às mais pobres também há dúvida sobre
a Justiça entre elas . Como pedir solução rápida entre as nações, se não conseguimos
dá-la para nossos cidadãos?
Por outro lado, sabe-se das deficiências do aparelho punitivo, desde dúvidas
sobre a lisura das investigações. Mais, ainda, com prisões que estimulam o
crime em vez de combater , desde apurações com meios insuficientes, na lentidão
até chegar à sentença
final, condenatória ou
absolutória .
Repetindo: não há justiça,
qualquer que seja o resultado, se a demora deste for excessiva.
A Constituição passou a
considerar defeito incompatível com os direitos fundamentais a quebra da
celeridade na tramitação do processo. Para atacar essa angústia de nossa era,
além da exigência do prazo breve, falta o tratamento para delitos cuja extrema
gravidade não os enquadra nas definições da lei penal de hoje, com clareza tal
que, além da interpretação atualizada, permita o afastamento da insegurança nos
meandros da triste problemática punitiva de hoje.
Matéria
vinculada Jornal Folha de
S. Paulo – 06/07/13 - Jornalista WALTER CENEVIVA - Sábado- Cotidiano – C-2 .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 72/2017, que amplia o prazo ...
-
Advocacias negra e feminina exigem mais representatividade na entidade A OAB Nacional está em processo de discussão sobre paridade de gên...
Nenhum comentário:
Postar um comentário