sábado, 5 de outubro de 2019

O câncer de mama também afeta homens?

De todos os casos da doença, cerca de 1% são masculinos




Nesta semana, o empresário Mathew Knowles, pai da cantora Beyoncé, revelou em entrevista ao programa americano Good Morning America que foi diagnosticado com câncer de mama e, com o anúncio, disse querer alertar outros homens para a doença.
Homens podem, sim, ter câncer de mama, embora mais raramente do que as mulheres. Um dos fatores que explicam a diferença é que eles têm menos tecido mamário e hormônios que ajudam as glândulas mamárias a se proliferar. De acordo com dados mais recentes, divulgados pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), homens representam cerca de 1% de todos os casos de câncer de mama registrados no Brasil.
Em 2016, mais de 16 mil mulheres morreram devido à doença no Brasil. Entre os homens, o número de mortes foi de 185. A incidência da doença entre as mulheres era de 54,6 por 100 mil, enquanto nos homens era 0,4.
Homens que têm parentes de primeiro grau que tiveram a doença fazem parte do grupo com maior risco da doença. A família pode ter os genes BRCA1 ou BRCA2, que estão ligados à predisposição genética para o câncer de mama. 
Além disso, também correm maior risco homens com condições médicas como alcoolismo, obesidade e doenças do fígado. O diagnóstico precoce é a principal forma de prevenir as complicações da doença. 
Os sintomas são similares aos do câncer de mama feminino. Pode ocorrer vermelhidão acompanhada ou não de dor recorrente em uma das mamas, surgimento de caroços próximo ao mamilo, secreção pelo mamilo e o aparecimento de nódulos nas axilas. 
As opções de tratamento também não divergem do que é oferecido às mulheres. De acordo com o Inca, a cirurgia mais comum é a mastectomia com esvaziamento axilar, que é a retirada da mama (normalmente completa) e dos nódulos da axila. Além disso, também é possível a indicação de quimioterapia e radioterapia. O tratamento varia de caso para caso. 
Knowles retirou uma das mamas em julho e deve retirar a segunda em janeiro de 2020. Em sua entrevista, o empresário falou sobre a mudança de perspectiva que a doença trouxe para sua vida. Agora, ele busca se exercitar com regularidade e não consome mais bebidas alcoólicas.
Folha de São Paulo

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