Quem deve se vacinar?
Pessoas que moram ou vão viajar para regiões rurais ou de mata dentro das áreas de risco, no Brasil ou no exterior –a imunização deve ser feita dez dias antes da viagem. As cidades com recomendação podem ser consultadas em saude.gov.br/febreamarela.
O que é a vacina fracionada?
Trata-se de uma dose com um quinto do volume da imunização tradicional. A dose padrão tem 0,5 ml e a fracionada tem 0,1 ml. A segurança é a mesma da tradicional, mas a validade, a princípio, é de pelo menos oito anos, enquanto a dose completa vale para a vida toda –até abril de 2017, o Ministério da Saúde recomendava duas doses (com intervalo de dez anos), mas depois reconheceu que uma é suficiente, o que já era adotado pela OMS (Organização Mundial de Saúde)
Por que o governo decidiu usar doses fracionadas?
Para conseguir, diante de um estoque limitado, fazer uma ação rápida de vacinação. O objetivo é bloquear o avanço do vírus
Como eu sei se estou recebendo a dose integral ou fracionada?
O tipo de vacina deverá ser informado pelo agente de saúde. No caso da dose fracionada, a carteira de vacinação terá ainda um selo apontando que ela não é a padrão
Todo mundo pode tomar a dose fracionada?
Não. Por não terem sido feitos testes para públicos específicos, os seguintes grupos devem continuar a receber a dose integral: crianças de nove meses até dois anos de idade e pessoas com HIV e outras condições clínicas, como, por exemplo, doenças hematológicas. Viajantes internacionais também precisam da dose plena
Quem não deve tomar nenhuma das doses?
Crianças com menos de seis meses não devem tomar sob nenhuma hipótese. Na idade de seis a nove meses, apenas se houver indicação médica. A imunização é contraindicada também para pacientes imunodeprimidos por alguma doença ou tratamento, como quimioterapia, e pessoas com alergia grave a ovo.
Grávidas, a princípio, devem evitar, a não ser que o risco de contrair o vírus seja alto. "Se for uma gestante que mora num sítio onde um macaco morreu por febre amarela, por exemplo, vale a pena vacinar. Não é o caso, neste momento, de uma mulher que vive numa área urbana da cidade de São Paulo", diz Rosana Ritchtmann, consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). Na dúvida, deve-se consultar um médico
Por que a vacina não é indicada a crianças com menos de 9 meses? (6 meses no caso de áreas de risco)
Porque, quanto mais nova a criança, mais o organismo pode demorar para responder, fazendo com que o vírus circule por mais tempo. Assim, aumentam as chances de efeitos colaterais, como febre e outros sintomas associados à doença. O ideal é sempre balancear os riscos e benefícios com o pediatra e a família
E idosos, podem tomar a vacina?
O serviço de saúde deve ser consultado. "Se for um idoso acamado que pouco sai do centro de São Paulo, não vale a pena. Já um que esteja bem de saúde e frequenta um local afetado pode ter indicação", diz a consultora da SBI
As crianças podem receber a vacina da febre amarela junto com outras vacinas?
Sim, exceto com a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou a tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança não recebeu nenhuma das três e for atualizar a vacinação, ela deve tomar a de febre amarela e agendar a tríplice ou a tetra para 30 dias depois
Estou amamentando e tomei a vacina. Devo ficar um tempo sem amamentar?
Se o bebê tiver menos de 6 meses de idade, é recomendado parar por dez dias. Para outras idades pode-se amamentar normalmente, mesmo que o bebê tenha recebido a vacina ao mesmo tempo que a mãe
Já tive febre amarela, preciso me vacinar?
A infecção provoca imunidade bastante duradoura
A vacina é 100% eficiente? É segura?
A eficácia chega a 90% e ela é bastante segura. Ela pode causar reações adversas, como qualquer medicamento, mas casos graves são raros
Quais reações adversas ela pode causar?
Dores no corpo, de cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados nos primeiros dias após a vacinação e podem durar entre 5 e 10 dias
Onde ela está disponível?
Na rede pública, pode ser encontrada gratuitamente em unidades básicas de saúde. Na particular, custa cerca de R$ 250
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO
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