quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O PAÍS DOS CARIMBOS


                             Após cinco meses de julgamento, o presidente da corte bate o martelo e proclama o resultado. Nada acontece. Os réus condenados à cadeia, num processo que durou mais de sete anos, continuam onde estão.
                            No Brasil, não basta o que 11 ministros do tribunal constitucional disseram, ao vivo, para todo o país. Não bastam os votos já consignados e publicados. Não basta a palavra final do chefe do colegiado, pronunciada à luz do dia.
                            É preciso esperar que o resultado do julgamento apareça publicado num documento escrito, o acórdão. A divulgação do texto tampouco será o gatilho para o cumprimento das penas. Vai apenas inaugurar uma outra fase de recursos, chamados de embargos.
                            O advogado vai apontar o que considera ser uma falta de clareza ou uma contradição no acórdão em relação a seu cliente. Vai procurar qualquer brecha para tentar diminuir a pena ou postergar sua execução. O Supremo terá de avaliar cada um desses recursos.
                            A corte terá de analisar também se cabem os chamados embargos infringentes, se um réu inocentado por quatro ministros, embora condenado pela maioria, tem direito a novo juízo. Enquanto isso durar-e pode levar tanto tempo quanto levou o julgamento, ou mais-, fica suspensa a execução das prisões e das multas.
                            O julgamento do mensalão é apenas um exemplo bastante visível de como as decisões de Estado demoram para ser efetivadas no Brasil. Mostra também como essas decisões sujeitam-se a alterações substanciais mesmo depois de aparentemente proclamadas.
                            As coisas custam a acontecer também porque gigantesca quantidade de pessoas vive nos (e dos) interstícios dos processos decisórios. Aqui, não é suficiente dizer quem somos; é preciso mostrar o documento de identidade.                                     Assinar o papel não resolve; é preciso reconhecer firma e carimbar.

Matéria de Vinicius Mota – 
e-mail vinimota@uol.cm.br  
São Paulo-SP.

Serviço ajuda consumidor a evitar golpes


                   A partir do dia 18/02/13 os consumidores que quiserem contratar serviços ou comprar produtos poderão checar informações financeiras das empresas antes de fechar negócio e reduzir o risco de cair em golpes.
                   Entra em funcionamento um serviço para fornecer dados sobre protestos, cheques sem fundo, falências e ações judiciais, além de endereço, telefone, participação societária, faturamento e confirmação da existência legal da empresa consultada.
                   Cada relatório, enviado pela internet, custa R$ 29,90. A compra é feita no site da Serasa Experian (www.serasaexperian.com.br) ou do Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br). O serviço é uma parceria da Serasa Experian, empresa de informações financeiras, com o site Reclame Aqui.
                   Para Maria Zanfoli, superintendente da Serasa Experian, a ideia é equilibrar a balança entre empresas e consumidores. "As empresas sempre puderam tomar decisões seguras na hora de liberar compras ou oferecer crédito para os clientes. Por que não os consumidores ? "
                   "O consumidor sempre foi refém das empresas. Agora, o contrário também vale", diz Maurício Vargas, presidente do site.
                   A ideia do serviço é evitar casos como o de Fernanda Ribeiro, que em 2011, comprou uma viagem para o México para comemorar a formatura.
                   Por uma semana de viagem ( hotel, passagens e alimentação ), ela pagou R$ 5.000. Na véspera do embarque, o passeio foi cancelado. O dinheiro nunca foi devolvido, e a empresa decretou falência.

Matéria de responsabilidade de ANNA CAROLINA RODRIGUES 
em colaboração para o jornal FOLHA DE SÃO PAULO.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SEDE PRÓPRIA DA VARA DO TRABALHO DE CAXAMBU


Está  situada na av. Ápio Cardoso, 241, no centro da cidade, com uma área construída de 676m², e um terreno de 3.226m², que a União Federal destinou ao TRT- 3ª Região.
O prédio tem três gabinetes, uma sala de audiência, uma de conciliação, uma sala da OAB, um local destinado a instituição financeira, uma sala para arquivo e outra para depósito de material e uma secretaria ampla, um hall e garagem.
 O recinto trás melhores condições de trabalho ao Magistrado, Serventuários, estagiários  e outros prestadores de serviço da instituição, ficando um local confortável para o exercício da Advocacia e participação das partes interessadas nas reclamações da Justiça do Trabalho.
A inauguração será no dia 25 do corrente mês ocasião em que será também implementado o Processo Judicial Eletrônico ( PJe ), uma nova ferramenta a ser utilizada pelos Advogados, não precisando se deslocar de seu escritório até a unidade judiciária para ajuizar ações, obter vista dos autos ou protocolar petições. O processo poderá ser acessado a qualquer momento, bastando, para isso, o uso do Certificado Digital e Cadastro no Sistema PJe.
Os autos em papel serão substituídos por um sistema de informática fácil e seguro, o que trará rapidez às decisões judiciais e ampliará as formas de acesso a Justiça, reduzindo o tempo de tramitação processual, pois com o processo eletrônico as comunicações, numeração de documentos e certificações serão praticados automaticamente .
Modernizar é parte do processo e a partir da inauguração da nova sede, o ajuizamento de novas ações na Vara do Trabalho de Caxambu serão feitas somente por meio eletrônico, pelo sistema PJe.
Assim caro colega se não providenciou sua certificação digital, faça o mais rápido possível, senão ficará impossibilitado de ter acesso aos processos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

DURA LEX, SED LEX



                   Sou da época em que se cumpria as decisões judiciais, pois, sempre ouvia a seguinte frase “ DECISÃO DA JUSTIÇA NÃO SE DISCUTE: CUMPRI-SE ”, pois, minha colação de grau em ciências jurídicas foi em 22 de Dezembro de 1973, tendo o nome da turma de bacharelandos  de Ruy Barbosa, pela Faculdade de Direito do Sul de Minas.
                   Entretanto, os tempos mudaram e o que se vê hoje sistematicamente é o não cumprimento das leis, é o jeitinho brasileiro, aqui lembrando o caso do Senador Renan Calheiros que detêm o poder para tirar vantagens, sejam elas políticas, sejam pessoais. Usa a máquina do Estado em beneficio próprio. As leis, portanto, não  têm  valia ou só valem quando servem a esses interesses, como diz o ditado popular: “ AOS AMIGOS, TUDO; AOS INIMIGOS, O RIGOR DA LEI ”. O que  consagra que nem todos os homens não são iguais perante a lei, sendo certo que os ricos não são iguais aos pobres, pretos e putas.
                                              
                    Assim sendo, esqueça tudo e afirmo minhas intenções na mensagem de Ruy Barbosa. A CRISE  É  MORAL: de tanto ver triunfar as nulidades. De tanto ver prosperar a desonra. De tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CONQUISTA DE CLIENTES - Por João Ozorio de Melo


Um erro comum de advogados é falar mais do que ouvir



                    O primeiro encontro de um advogado com um cliente prospectivo não é muito diferente do primeiro encontro de um casal. Faz sucesso aquele que consegue fazer a conversa girar, na maior parte do tempo, em torno da vida, das realizações, do trabalho e dos problemas do outro. Essa é a orientação do diretor do Programa de Assistência de Gestão de Escritórios da seccional da American Bar Association (ABA), de Oklahoma, Jim Calloway, aos advogados.

                    O advogado bem-sucedido na captação de clientes emprega pelo menos 70% do tempo do primeiro encontro ouvindo o cliente falar sobre si mesmo e explicando a ele a magnitude de seus problemas jurídicos. Sejam eles reais ou potenciais, o advogado deve explicar ao futuro cliente os riscos inerentes à falta de uma assistência jurídica competente, diz o consultor de marketing para advogados Trey Ryder.

                    "Um erro comum dos advogados é falar mais do que ouvir, na primeira reunião com clientes prospectivos", diz o Law Marketing Forum. Eles tendem a usar a maior parte do tempo de uma reunião ou encontro casual em um clube, falando sobre a grandeza de sua firma e de seus serviços jurídicos, em vez de se concentrar em descobrir possíveis problemas e riscos que podem afetar o desempenho de sua empresa, para, em seguida, apontar possíveis soluções.

                    O consultor Trey Ryder diz que, na porção menor do tempo, o advogado deve explicar ao prospectivo cliente a capacidade de sua firma de resolver seus problemas (atuais ou futuros). E, além disso, deve tratar de desenvolver sua credibilidade. Eis as sugestões do consultor para o primeiro encontro com um cliente prospectivo:

                    GARANTA AO CLIENTE A ATENÇÃO TOTAL

                    Não permita que haja interrupções de qualquer forma. Se não for possível fazer isso, adie o encontro, até que esteja totalmente disponível. Seja um bom ouvinte e faça seu cliente prospectivo sentir que ele é a pessoa mais importante do mundo.


                  DESENVOLVA A AFINIDADE COM O CLIENTE

                    Tente perceber o estado de espírito do cliente e responda de uma maneira prestativa e atenciosa. Isso reduz a resistência do cliente e estabelece um vínculo emocional, que os aproxima. Alguns advogados iniciam o encontro fazendo o cliente falar sobre sua vida pessoal. Isso faz o cliente falar. É um bom quebra-gelo. E muda o foco dele no advogado para sua própria vida, trabalho, problemas…

                    COLOQUE-SE NA POSIÇÃO DO CLIENTE

                    A melhor maneira de entender o que o cliente sente é se imaginar em seu lugar. Faça sua apresentação do ponto de vista do cliente e ele ficará mais receptivo. Em vez de dizer "você deve fazer isso", diga, por exemplo: "Se eu estivesse em seu lugar, eu tomaria (tal medida), por que (explique a razão).

                    IDENTIFIQUE PROBLEMAS QUE O CLIENTE POSSA TER

                    E também os objetivos ou metas que ele pretende atingir. E em que ele pode precisar de sua ajuda. Faça perguntas para determinar que tipo de serviço jurídico que você pode oferecer. Ouça atentamente para perceber o que o cliente considera mais importante.

                    EXPLIQUE AO CLIENTE A SERIEDADE DO PROBLEMA

                    Mesmo que seja um problema em potencial, apenas. Quanto mais o cliente entender a gravidade do problema, maior a possibilidade de contratar o advogado para solucioná-lo. Tenha em mãos documentos e artigos publicados como prova. Mas, a esse ponto, não ofereça soluções, porque, antes disso, ele precisa entender claramente o problema e sua necessidade.

                    SEJA DIDÁTICO NAS EXPLICAÇÕES

                    Use palavras que o cliente entende, em todas as explicações. E não caia na armadilha de mencionar apenas os pontos mais importantes de sua apresentação. Lembre-se, essas informações são novas para ele, de forma que você deve explicar tudo com clareza e sem pressa. Muitos clientes podem não admitir que não entenderam alguma coisa.

            CERTIFIQUE-SE DE QUE O CLIENTE ENTENDEU CADA EXPLICAÇÃO

                   
                    Depois de responder uma questão, pergunte a ele se entendeu, se tem alguma dúvida. Assim você impede que ele volte a levantar essa preocupação mais à frente. Qualquer coisa que ele não entender, significa tempo e esforço perdidos. O cliente não vai ficar a fim de obter qualquer coisa que ele não entende o que é.


                    ANTECIPE PERGUNTAS DO CLIENTE

                    Muitas perguntas são comuns a todos os clientes. Você pode respondê-las, no momento certo, antes que sejam feitas. Se o cliente levantar muitas perguntas, a conversação pode parecer antagônica.

                    ESTIMULE O CLIENTE A CONTRATAR SEUS SERVIÇOS

                    Explique porque seus conhecimentos, qualificações, capacidade de discernimento e experiência podem ajudar a empresa do cliente a atingir seus objetivos e prosperar sem problemas. Dê exemplos de outras pessoas ou empresas que você ajudou em situações similares. Mostre-lhe cópias de artigos publicados ou de entrevistas concedidas, que lhe conferem status de autoridade no assunto. Mostre ao cliente prospectivo cartas de agradecimento de clientes antigos.

                    OFEREÇA SOLUÇÕES ESPECÍFICAS

                    Discuta os prós e os contras de cada uma delas. Se você oferecer apenas uma solução, ao cliente só restará dizer "sim" ou "não". No entanto, se apresentar três opções positivas, a maior possibilidade é que ele opte por uma delas — o que equivale a um "sim". Fica mais difícil ele dizer "não".

                    OFEREÇA RAZÕES LÓGICAS E EMOCIONAIS AO CLIENTE                                           PARA CONTRATAR SEUS SERVIÇOS
                    Muitas vezes, os clientes contratam serviços por razões emocionais, seja porque eles gostam de você ou porque sentem que você realmente quer ajudá-lo. Depois usam razões lógicas para justificar a contratação na empresa e em casa. Quando você usa a lógica e a emoção, você ajuda seu cliente a justificar sua contratação.


                    DEFINA OS HONORÁRIOS PARA CADA SERVIÇO

                    Use o "princípio do contraste", para o cliente enxergar seus honorários dentro de uma perspectiva apropriada. Isto é, antes de especificar seus honorários, mencione algum número grande. Então, por contraste, seus honorários não parecerão tão altos. Depois, reforce sua cotação com um ou dois benefícios para o cliente, caso ele o contrate.

                    Em um exemplo americano: "No momento, Sr. Jones, seu passivo fiscal sobre heranças está acima de $ 200 mil. Depois que eu elaborar um plano de proteção a ativos, seu passivo fiscal será zero. Meus honorários para elaborar o plano serão fixados em $ 7.500. Mas, com o plano, sua família vai economizar mais de $ 200 mil em impostos sobre herança, vão ser eliminados pelo menos $ 25 mil em custos de inventário e também procedimentos demorados na Justiça".

                    PERGUNTE AO CLIENTE SE TEM MAIS ALGUMA DÚVIDA

                    A cada questão, diga que "esse é um ponto interessante" ou uma "preocupação válida". Não trate as perguntas como se fossem objeções. O cliente apenas quer deixar algum ponto bem claro, provavelmente. Ou quer mais informações. Dê suas explicações com calma e confiança. O cliente quer se certificar de que a contratação é uma boa coisa.

                    SUMARIZE OS RISCOS E BENFÍCIOS

                    Deixe bem claro ao cliente os riscos de deixar o problema continuar (o que pode acontecer ou o que ele pode perder). E mostre os benefícios de resolver o problema ou impedir que ele realmente ocorra (o que ele pode ganhar).

                    MOSTRE AO CLIENTE O QUANTO VOCÊ QUER AJUDÁ-LO.                               Use a primeira pessoa do plural, como "nós", "vamos", para o cliente assumir que estão trabalhando juntos.

                    DEIXE O CLIENTE TOMAR AS DECISÕES

                    Oriente, mas não pressione. Se você forçar o cliente a tomar uma decisão, isso pode criar resistências. Coloque-se à disposição do cliente, para lhe prestar qualquer informação no momento ou no futuro, para que ele possa tomar uma decisão bem informada. Se o cliente o contrata, assegure-lhe de que tomou a decisão certa.

                    ENVIE UMA CARTA AO CLIENTE

                    Se o cliente contratou seus serviços, assegure-lhe por escrito que fez a coisa certa. Se ainda não tomou essa decisão, encoraje-o a fazê-lo. Aponte os riscos de esperar e se coloque outra vez à disposição para responder à qualquer pergunta, a qualquer tempo.

                    João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

Revista Consultor Jurídico,  publicação de  03 de Agosto de  2012

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PARTICIPAÇÃO EM EVENTO JURÍDICO


Foi realizado no dia 06 de Fevereiro de 2013, a partir das 18:30 horas, no Hotel Glória, o encontro de Advogados militantes na área do Direito do Trabalho, para obtenção de orientação e tiragem de dúvidas sobre o Processo Judicial Eletrônico  ( PJe ). Os esclarecimentos foram ministrados pelo Comitê Replicador, formado por um Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, mostrando passo a passo o funcionamento do Processo Judicial Eletrônico, no âmbito da Justiça do Trabalho, tudo por monitor de data show ilustrando  a palestra
                   Teve presença maciça dos Advogados, tendo ainda participação de várias  secretárias de escritórios de Advocacia  e serventuários da Justiça comum e do  trabalho da região.
                   Os subsídios informados serão utilizados a partir de 25 de Fevereiro do corrente ano nos processos da Vara do Trabalho de Caxambu, que será na forma digital, conforme Resolução Conjunta n. 01 de 28/08/2012 – TRT3/GP/CR. Caxambu é uma cidade privilegiada, pois o Processo Digital se tornou uma realidade, com novos desafios, dúvidas e claro, muitas expectativas, mas nós caxambuenses saímos na frente. Que venha agora a pratica do dia a dia.

FELIZ 2021