sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Proclamação da República no Brasil

Proclamação da República no Brasil ocorreu dia 15 de novembro de 1889 tendo à frente o Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), que se tornou o primeiro presidente do Brasil.
O evento representou o fim da Monarquia Constitucional e o início da Era Republicana, instaurando o regime presidencialista no Brasil.

No final do século XIX, parte da elite estava descontente com o reinado de D. Pedro II (1825-1891).
Os militares sentiam-se desprestigiados desde a Guerra do Paraguai, pediam aumento de salário e mais participação no governo. Vários militares também apoiavam o Positivismo, tanto na sua versão religiosa como filosófica.
Já os cafeicultores, após a promulgação das leis em favor da abolição gradual e sem indenização, estavam cada mais descontente.
Os fazendeiros do oeste paulista exigiam mais autonomia e participação política. Em 1888, com a abolição da escravatura no Brasil, os ex-proprietários de escravos se voltam contra D. Pedro II, uma vez que esse fato acarretou o aumento dos custos da produção cafeeira.
No dia 15 de novembro de 1889, um grupo de militares, dos quais se destaca Benjamin Constant (1836-1891), preparam um levante militar.
Para liderá-los, escolhem o Marechal Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro. Porém, como Deodoro era amigo do Imperador, lhe dizem que vão derrubar o gabinete do Visconde de Ouro Preto.
As tropas se reúnem no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro e Marechal Deodoro, doente na ocasião, derruba o gabinete do Visconde de Ouro Preto (1836-1912). Naquele momento, a república não havia sido proclamada.
Somente mais tarde, com Deodoro já de volta a sua casa, vários políticos insistem para que ele assine um documento declarando a extinção da monarquia. Alegavam que o imperador iria nomear o político Silveira Martins (1835-1901) no lugar do Visconde de Ouro Preto.
Como Silveira Martins era um antigo desafeto do Marechal Deodoro, este assina a moção da república, e passa a ser o Chefe do Governo Provisório.
Com isso, a Proclamação da República representou o fim do Brasil Império que havia durado cerca de 70 anos. Quanto a Dom Pedro II e sua família, foram banidos do Brasil, e embarcaram rumo à Europa, na madrugada do dia 17 de novembro.
A população somente saberia mais tarde desses acontecimentos. Dom Pedro II não quis chamar seus aliados para evitar uma guerra civil no Brasil.
O Governo Provisório previa um referendo para que a população escolhesse entre o regime monárquico parlamentarista ou a república. Tal consulta só seria realizado 103 anos depois.
O Marechal Deodoro organizou os símbolos da República como o Hino Nacional Brasileiro, a Bandeira do Brasil e também a política nacional.
O presidente e o vice-presidente eram escolhidos por eleição. Importante ressaltar que ambos não concorriam na mesma chapa, sendo eleitos separadamente. Assim, foram eleitos Deodoro da Fonseca, como presidente e o Marechal Floriano Peixoto, como vice-presidente.
Como os dois primeiros Chefes de Governo e Estado eram do Exército, os primeiros anos da República ficaram conhecidos como República da Espada.

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