segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A CHATA DAS DIETAS Os regimes da moda na balança - Os cinco exercícios mais eficazes para quem tem tendência a engordar


Não adianta culpar a genética. Mesmo quem tem predisposição para engordar pode controlar o peso com dieta e exercício. Mas não é qualquer exercício: segundo uma pesquisa recém-publicada, algumas atividades físicas são melhores do que outras para pessoas com tendência à obesidade. Corrida e escalada, por exemplo, são mais eficazes do que natação e ciclismo.
A descoberta é de um estudo com mais de 18 mil pessoas, realizado pela Universidade Nacional de Taiwan e publicado na revista científica PLOS Genetics.
Os pesquisadores coletaram informações sobre o código genético e a rotina de exercícios dos participantes, que têm entre 30 e 70 anos. Foram analisadas cinco medidas de obesidade, entre elas índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura e circunferência do quadril.
Após cruzar os dados, eles construíram escores de risco genético para cada uma das medidas e testaram se diferentes atividades poderiam reduzir esse risco.
Entre os 18 exercícios testados, 5 deles ajudaram a diminuir pelo menos um indicador de obesidade. A corrida ficou em primeiro lugar, porque teve impacto em três marcadores.
Outras quatro atividades ajudaram a reduzir o IMC em indivíduos com tendência ao ganho de peso: escalada, caminhada, práticas longas de ioga e alguns tipos de dança de salão, como foxtrote e valsa.
Ciclismo, exercícios de alongamento e natação não tiveram efeito em nenhum dos marcadores.
“Nossas descobertas mostram que os riscos genéticos podem ser diminuídos em vários níveis, realizando diferentes tipos de exercício”, dizem os pesquisadores, no artigo.
Na conclusão do texto, eles vão além: “Os benefícios do exercício físico regular são mais impactantes em indivíduos predispostos à obesidade”.
Segundo o endocrinologista Fabio Moura, do departamento de atividade física da Abeso (associação de estudo da obesidade), cada vez mais se descobre sobre a influência do DNA na resposta do organismo ao exercício.
Há genes associados a uma maior tendência ao ganho de gordura. “Quem tem esse gene vai ter mais trabalho, precisa intensificar o exercício aeróbico”, diz. E há outros genes relacionados com maior ganho de massa magra.
“Mas nada disso vai determinar o peso da pessoa. Pode ajudar ou dificultar um pouco, mas o desfecho não depende só do DNA. O meio pode modificar a resposta genética. O habito de dormir bem, a alimentação e o exercício influenciam”, diz.
Para Moura, não existe um tipo de exercício que seja bom para todos que têm tendência a engordar. Ele divide as atividades em duas categorias: aeróbicas, associadas à maior perda de gordura, e resistidas, que usam a força muscular.
“A gente sempre achou que para perder e manter peso era melhor fazer mais atividades aeróbicas e menos resistidas. Hoje sabemos que não é bem assim, que o exercício de força é importante para preservar a massa magra e manter a perda de peso a longo prazo.”
Para saber quando fazer de cada tipo de atividade, é preciso analisar a composição do corpo. “Depende da quantidade de músculo e de gordura que a pessoa tem”, diz o endocrinologista.
Ele acredita que, no futuro, além de examinar aspectos como massa magra e percentual de gordura, será possível prescrever o exercício pela genética. “É uma tendência.”

Juliana Vines - FOLHA ON LINE - 

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Chega de sacolinha: veja dicas para reduzir o consumo de plástico

Você já deve ter lido que milhões de toneladas de plásticos alcançam o oceano a cada ano. A estimativa é otimista. Vários países não têm dados consistentes ou atualizados sobre a quantidade de resíduos que produzem.

Sacolas, garrafas, copos, cotonetes, mexedores de café, canetas, escovas de dente, isqueiros, tampinhas, pedaços de isopor e também redes de pesca e ferramentas usadas em portos, barcos e navios atingem rios e cursos de água e acabam no mar.
Para diminuir o problema, são necessárias mudanças de cultura de consumo de governos, empresas e consumidores.
Se você quer fazer sua parte, para começar, elimine os plásticos descartáveis do seu dia a dia. Vale a máxima “se não dá para reutilizar, recuse”, mote da campanha do meio ambiente da ONU em 2018.
Além dos plásticos de uso único, vale encarar o desafio dos menos óbvios, mas igualmente substituíveis, como esponjas de limpeza, escovas de dentes, cotonetes e canetas.
Para finalizar, evitar todo tipo de plástico que tenha ciclo de vida curto, como embalagens de xampus, produtos de limpeza e alimentos.


1 - Coador de pano
Em vez de coar no papel, volte a usar o coador de pano para o café
2 - Potes eternos
Limpe e guarde potes de vidro de conservas para acondicionar grãos e farinhas
3 - Produtos a granel
Frutas secas, cereais e grãos sempre existiram nos mercados e agora reaparecem em alguns supermercados. Leve seus potes ou saquinhos de papel para trazer cheios
4 - Sacolas de pano
Tenha sempre na bolsa, para a paradinha no supermercado a caminho de casa, ou a ida à feira ou ao hortifruti. Também vale investir em um carrinho de feira e se habituar a recusar sacolas plásticas em mercados. Uma outra opção é solicitar caixas de papelão para levar suas compras
5 - Galões e garrafas
Você ainda usa garrafas e galões de água em casa? Deixe de lado esse hábito. Um filtro de barro ou elétrico se paga em menos de um ano
6 - Calcinhas com absorventes de pano ou coletores menstruais
Absorventes higiênicos são uma praga ambiental e já há boas ofertas de opções de pano, assim como os coletores de silicone
7 - Escovas de dente de bambu no lugar de escovas de dente plásticas
Use as de bambu que sejam compostáveis. Aproveite e invista em xampus e condicionadores em barra, que vêm sem embalagens plásticas
8 - Menos delivery
Em vez de pedir entrega de comida no trabalho, leve marmita de casa e não esqueça do kit lixo zero na bolsa: talheres de inox, bambu ou plástico durável; garrafinha, copo retrátil de borracha e guardanapos de pano
9 - Caneca na gaveta
Se você bebe água e café no escritório, mantenha uma caneca em sua mesa de trabalho e rejeite os copos plásticos. Recuse também colherinhas ou mexedores de plástico; vale incentivar o RH a diminuir a oferta de palitinhos
10 - Evite cosméticos com microplásticos
Esfoliantes e outros cremes abrasivos ou emolientes usam muito. Eles contêm microesferas de polietileno (PE), polipropileno (PP), polietileno tereftalato (PEt) e outros plásticos
Fonte: FOLHA

domingo, 11 de agosto de 2019

DIA DOS PAIS





Ser pai é diferente de parecer pai, e isso eu aprendi com o melhor. Você, papai, me ensinou que ser pai é tanto saber impor e disciplinar quanto saber brincar e dar liberdade ao seu filho. 

Ser pai é ser voz grossa de autoridade e ser carinho e beijo de amor. É ser firme e ao mesmo tempo coração mole. 

É ser ruga constante de preocupação e sorriso de ternura. É ser sabedoria que ensina, mas também estar disposto a aprender com seu filho.

Ser pai é ser o que você é e sempre foi, meu pai, diariamente dando o exemplo de vida de um grande homem, generoso, honesto, persistente e lutador. 

Feliz dia dos pais! 

DIA DO ADVOGADO



Neste dia do Advogado, é importante lembrar aos mais jovens que buscam iniciar a carreira, quão nobre e atuante é esta nossa profissão.

O Bacharel em Direito poderá exercer no dia a dia diversas atividades: Advogado, gerenciamento de empresas, Professor Universitário, Delegado Federal e Estadual, Juiz de Direito, Federal e Militar, Promotor de Justiça Federal/Militar e Estadual, Procurador de Órgãos públicos (Prefeitura, INSS, Defensoria pública/ Federal e Estadual ) em fim várias atividades. 

Veja os detalhes de algumas destas

1. Acadêmica
O bacharel em Direito pode atuar na área acadêmica, ministrando aulas de diferentes disciplinas — como Direito Empresarial, Penal, Civil, Ambiental, Administrativo, Constitucional, dentre outras — para o ensino superior.
Ele pode atuar em instituições públicas ou privadas, como professor universitário ou como tutor dos alunos da graduação, em universidades e faculdades. Poderá, ainda, se qualificar como professor de cursos preparatórios para concursos públicos ou para o exame da Ordem.
Os requisitos
De modo geral, para conseguir compor a equipe de docentes nas instituições de ensino público ou privado, o graduado em Direito deve dar continuidade aos estudos por meio do mestrado, do doutorado e, preferencialmente, do pós-doutorado.
Mas antes de se formar, ainda na faculdade, o estudante de Direito já pode se preparar para esta carreira, por meio de atividades de extensão. Como exemplos destas atividades, podemos citar: monitoria, participação em colóquios e em congressos e na publicação de artigos científicos.
Boa oratória, paciência, domínio da disciplina que lecionará e disponibilidade para transmitir o conteúdo aos alunos serão fundamentais para ter sucesso na carreira de docente.

2. Judicial
A magistratura é uma das carreiras jurídicas mais cobiçadas entre os bacharéis de Direito, mas as responsabilidades que a envolvem não são fáceis.
Isso porque a função do juiz envolve julgar as demandas judiciais; zelar pela solução ágil das divergências e conflitos de interesses entre as pessoas; prevenir e reprimir atos contrários à dignidade humana e à justiça, por meio da conciliação das partes envolvidas.
É o juiz quem decide qual das partes agiu em conformidade com as leis e costumes da nação, bem como a culpabilidade dos envolvidos. É ele também quem expede mandados de prisão, de busca e de apreensão, medidas liminares e de cautela antecipada, dentre outros atos jurídicos.
Mais especificamente, os juízes da justiça comum julgam os conflitos entre pessoas físicas, jurídicas e o poder público (áreas cível, criminal e Justiça Federal), desde que elas não estejam ligadas aos interesses da Federação. Já os juízes federais realizam o julgamento e qualificam as causas de interesse da União.
Os requisitos
Os juízes são agentes do poder judicial, devem ser bacharéis em Direito e concursados. Assim, para atuar nesse cargo, o bacharel deve ser aprovado em concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em cada uma das fases envolvidas. É exigida também do bacharel atuação na área jurídica por, no mínimo, 3 anos, bem como o cumprimento do ato formal de nomeação, respeitando a ordem de classificação.
Como qualidades interessantes para a carreira de magistrado podemos destacar a capacidade de tomada de decisões de forma imparcial e o interesse pelo conhecimento sobre as mais diversas áreas do Direito, visto que os estudos serão intermináveis nessa profissão.  

3. Promotoria
No processo judicial, é preciso que os interesses da sociedade e do Estado sejam defendidos. Para tanto, existe o cargo de promotor.
A promotoria é um cargo público, contratado por meio do Ministério Público, com atuação nas mais diversas esferas do Direito.
Os requisitos
O cargo de promotor é alcançado por meio de concurso público, também de provas e títulos. Vale ressaltar que o poder de comunicação e as capacidades oral e escrita são essenciais para esta profissão.

4. Procuradoria de Justiça
O procurador ocupa o cargo hierarquicamente superior ao do promotor de justiça. A sua atuação se dá, consequentemente, em um órgão superior dentro do próprio Ministério Público Estadual. Ele exerce a mesma função que o promotor, isto é, defende os interesses da sociedade nos mais diversos conflitos que a envolvem.
Assim, o procurador de justiça atua nos tribunais das Câmaras Cíveis e Criminais, na figura de defensor da ordem jurídica justa e por meio do ajuizamento de ações. Sua atuação se dá por meio da condução de inquéritos para investigação de suspeitas de crimes ou no papel de fiscal em ações ajuizadas por terceiros. Ele pode ser municipal, estadual ou federal — tudo no âmbito do MP.
Os requisitos
A faculdade de Direito é requisito essencial, além do cadastro ativo na OAB e da aprovação em concurso público, de provas e títulos. É preciso, ainda, que o bacharel tenha atuado por dois anos como advogado, antes de prestar o concurso.
Para aqueles que têm interesse em seguir a carreira de procurador, é também indispensável que tenham domínio da oralidade e da escrita, além da desenvoltura para falar em público.



5. Desembargadoria
O desembargador é um título concedido a um juiz por uma série de requisitos como merecimento ou antiguidade. Ele é um membro do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional, responsável por julgar a decisão dos juízes mais novos quando o julgado não se satisfaz com a sentença expedida em um tribunal.
Outras atribuições do profissional envolvem:
A promoção de ações penais;
A apuração de responsabilidades;
A fiscalização do cumprimento das leis.
As suas decisões (denominadas acórdãos) envolvem crimes comuns, como habeas corpus concedidos ou negados e crimes de membros do Ministério do Trabalho.
Vale lembrar que:
Os desembargadores estaduais pertencem à Justiça Comum;
Os desembargadores federais estão conectados à Justiça Federal;
Os desembargadores federais do trabalho estão ligados à Justiça do Trabalho.
Os requisitos
Diferentemente dos juízes, a atuação do desembargador não demanda a realização de concurso — ele é indicado por nomeação ou recebe o título por merecimento. Geralmente, o desembargador nomeado atuou como advogado ou membro do Ministério Público antes de ser indicado para o cargo.
Como qualquer outra carreira jurídica, a função é exercida por profissional que tenha formação superior em Direito, desde que tenha atuado em função jurídica no setor público ou tenha prestado concurso para um cargo no Ministério Público.
O cargo de desembargador exige do profissional que o assumir, assim como para o cargo de juiz, muita imparcialidade e dedicação aos estudos jurídicos.

6. Defensoria pública
O defensor público é o profissional que defende os cidadãos que não podem pagar por assessoria jurídica em seus processos judiciais. Dessa forma, embora seja um funcionário público, ele atende às necessidades do seu cliente — e não do município, do estado ou da federação.
Neste sentido, ele pode ser um procurador municipal, estadual ou federal e representar os interesses de cada um desses âmbitos.
Os requisitos
Para atuar como defensor público, o bacharel em Direito deve também prestar concurso de prova e títulos, bem como comprovar experiência prévia na área da advocacia. Do defensor público, são esperados os mesmos atributos do advogado: poder da oratória, da argumentação e do convencimento, além de desenvoltura para se comunicar.
Para aqueles que têm espírito altruísta e almejam profissões em que consigam prestar auxílio e solidariedade a pessoas carentes, a defensoria pública pode ser uma ótima opção.

7. Análise judiciária
O analista do judiciário é o responsável por atuar na área administrativa (atendimento ao público, setor de recursos humanos, organização de atas de audiência, arquivo etc.) e na área jurídica.
Nesse último caso, ele exerce as suas funções junto ao juiz, recebendo e distribuindo petições nos tribunais de justiça ou nos tribunais federais.
Os requisitos
Para atuação na área jurídica, o analista deve ser bacharel em Direito, enquanto que como analista administrativo é exigida qualquer formação superior. O cargo é também conquistado por meio de concursos públicos, específicos para a área.
Apesar de não ser necessária a formação jurídica para a carreira de analista administrativo, o graduado neste curso sai na frente em relação aos demais candidatos. Isso porque estudou, na faculdade, várias matérias cobradas nas provas, como Direito Administrativo, Constitucional e Regimento Interno dos órgãos públicos.
Organização, responsabilidade e interesse pelos estudos são qualidades esperadas do profissional que pretende seguir a carreira de analista do Judiciário.

8. Oficial de Justiça
O oficial de justiça é considerado um auxiliar dos Tribunais, que realiza um apoio operacional à Justiça brasileira. Ele é o responsável por executar as ordens judiciais, em qualquer fase do processo.
Dentro da categoria de oficial de justiça, estão incluídos os conciliadores, os escrivães e os tradutores, que dão suporte ao nosso Poder Judiciário.
Os requisitos
O ingresso nesta carreira é realizado por meio de concurso público e, na maioria dos editais, há como requisito a graduação em Direito.  
O profissional que assume a função de oficial de justiça deve ter grande conhecimento do Direito e do processo jurisdicional, tendo em vista que esta função é necessária em praticamente todas as fases das ações judiciais.

9. Delegacia de polícia
O delegado de polícia pode atuar na Delegacia de Polícia estadual ou federal. A sua função é a de liderar a investigação criminal.
Isso significa que ele será o responsável pela coordenação da preparação dos inquéritos, pela chefia das investigações policiais e pela emissão dos mais variados documentos públicos que envolvem este processo.
Os requisitos
O cargo é concursado e é exigido que o candidato seja bacharel em Direito. Após aprovação, o futuro delegado deverá frequentar um curso preparatório, oferecido pela própria polícia.
Um delegado de polícia deve ser dotado de muita autoconfiança, de autocontrole, de coragem e de senso de justiça. Além disso, é importante que saiba agir com bom senso diante dos desafios da profissão.

10. Oficial da Polícia Militar
O oficial da Polícia Militar é um cargo público, e o profissional é responsável por atuar como comandante de companhias da polícia militar e nas unidades operacionais.
Ele realiza a superintendência das tropas empregadas em operações policiais militares, zela pela boa apresentação do pessoal e se relaciona diretamente com diversos segmentos da sociedade, de forma a cuidar e supervisionar todo o policiamento da companhia.
Os requisitos
Para ser oficial da Polícia Militar, é preciso ser bacharel em Direito e ter aprovação em concurso público. Assim como para o cargo de delegado, é exigida a realização de um curso preparatório antes de iniciar oficialmente as suas atividades profissionais.
Capacidade de raciocínio rápido, organização e muita seriedade são características básicas esperadas do oficial da Polícia Militar.



11. Escrivão da Polícia Civil
O escrivão de Polícia Civil é o profissional responsável por dar cumprimento às formalidades processuais, lavrando e subscrevendo os autos e termos do seu ofício.
Ele também:
Supervisiona os processos e inquéritos distribuídos e os trabalhos cartorários da Corregedoria, das Delegacias especializadas, municipais e do Distrito Policial;
Recolhe fianças;
Expede mandados, citações, notificações e intimações;
Atende convocações extraordinárias.
Os requisitos
Para ser escrivão da Polícia Civil, é necessária a obtenção do diploma ou o certificado de conclusão de graduação em Direito. Faz-se necessária, além disso, a aprovação em concurso público.
O escrivão deve ser um profissional organizado, disciplinado e sério, para supervisionar e emitir os documentos públicos de sua responsabilidade.

12. Diplomacia
A diplomacia é uma opção interessante para os bacharéis em Direito e não envolve a atuação como advogado. Os diplomatas são os representantes de nosso país em assuntos de interesse das relações exteriores, por meio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Tem como atribuições informar, negociar e representar os interesses brasileiros diante das outras nações.
Os requisitos
Para se tornar um diplomata, o graduado em Direito deverá prestar e ser aprovado no concurso do Instituto Rio Branco, pertencente ao nosso Ministério das Relações Exteriores. Depois de aprovado, o futuro diplomata receberá um curso de preparação ministrado pelo próprio Instituto, para começar a exercer esta profissão.
Esta é uma outra carreira em que os estudantes de Direito são beneficiados: muitas das matérias que são cobradas na prova são estudadas na faculdade, tais como: Direito Internacional, Política, Economia etc.
Além do domínio de vários idiomas, o bacharel em Direito que tem interesse em seguir a carreira diplomática deverá se dedicar ao estudo de outros idiomas. Organização, disciplina, capacidade de argumentação, amabilidade e carisma são também características importantes nessa área.


sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Lei Maria da Penha, 13 anos: direito de viver sem violência

A farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que deu nome à lei que trata da criminalização dos casos de violência doméstica e se transformou em referência no assunto - Bruno Poletti/Folhapress


Quando uma mulher é agredida, a sociedade é agredida. Esta é uma consciência em construção no mundo e mobiliza a energia de mulheres e homens há gerações, fazendo avançar leis, políticas, recursos e serviços especializados para o fim da violência contra as mulheres. 

No Brasil, há 13 anos a Lei Maria da Penha é amparo legal para salvar incontáveis vidas de mulheres no ambiente doméstico e familiar, embora milhares tenham sido vítimas fatais do machismo.

Desde os anos 1980, o Brasil tem avançado na criação de mecanismos, normas e serviços especializados. Dessa forma, o Estado brasileiro cumpre seus compromissos internacionais com os direitos humanos das mulheres, como a Convenção Belém do Pará, que completa 25 anos em 2019. A Lei Maria da Penha é um exemplo disso e fruto do trabalho conjunto entre poder público e movimento de mulheres.

Nesse período, debates sobre violência se popularizaram e temas foram revelados, tais como feminicídio, assédio sexual e violência contra as mulheres em espaços públicos. Vozes plurais das mulheres sobre dores e superações romperam silenciamentos. Transparência de dados, visibilidade de casos, campanhas e mobilizações on-line abriram os olhos de milhões de pessoas, despertando atenção aos primeiros sinais da violência.

Contudo, é crescente o número de mulheres assassinadas. Segundo o Atlas da Violência de 2019, 4.963 brasileiras foram mortas em 2017: maior registro em dez anos. A taxa de assassinato de mulheres negras cresceu quase 30%, enquanto a de mulheres não negras subiu 4,5%. 

Entre 2012 e 2017, aumentou 28,7% o número de assassinatos de mulheres na própria residência por arma de fogo. Esta realidade é um novo chamado à ação para aprimorar a prevenção da violência contra as mulheres num horizonte de impedir agressões, torturas e feminicídios.

A América Latina e o Caribe têm altos índices de violência e letalidade de mulheres e meninas. No Brasil, ocorrem quase metade das mortes na região. Resolver este problema é agir para a implementação adequada da Lei Maria da Penha por meio de políticas públicas que contemplem a diversidade das mulheres, orçamento à altura, mecanismos de gestão e monitoramento eficazes, dados estatísticos confiáveis, recursos humanos especializados capacitados e serviços de apoio às mulheres em plena operação até os rincões. 

A conta é simples: se a violência aumenta, mais investimentos são necessários para a proteção social, tais como prevenção, acolhimento, justiça e reparação, conforme as recomendações da 63ª Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres, ocorrida neste ano.

Um ponto de partida é avaliar como as mulheres da periferia, rurais e comunidades tradicionais acessam a Lei Maria da Penha. É preciso saber quais são e como agem os elementos que fazem com que a violência ocorra mais cedo e perdure nos relacionamentos. É conhecer as vulnerabilidades das mulheres negras, indígenas, jovens, idosas, deficientes, lésbicas, bissexuais, trans, entre outras, e as ameaças concretas à condição e à liberdade delas como sujeitas de direitos.


Estes 13 anos oportunizam análises maduras. Desde o início, a Lei Maria da Penha estimula novos modos de agir do poder público, respostas integradas, continuidade de investimentos e diálogo com a qualificada colaboração dos movimentos de mulheres ao tema, acumulada há mais de 40 anos.

Viver sem violência é direito de mulheres e meninas. É base para o desenvolvimento e a sustentabilidade. É ação para o presente e o futuro de igualdade em que as mulheres e meninas acessem seus direitos sem que nenhuma delas fique para trás.
Maria-Noel Vaeza
Diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe

Fonte: Folha

FELIZ 2021